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Sobrevivendo de táxi em Buenos Aires

Num programa de TV a cabo sobre Buenos Aires, um jornalista munido de câmeras escondidas e notas de 50 pesos pega um táxi. Mas antes de embarcar, tira fotos dos números de série da cédula. Na hora de pagar a conta de 90 pesos, o tachero (taxista, em lunfardo, dialeto portenho) recebe a nota e começa um escândalo dizendo que o jornalista lhe passou uma nota falsa. Mas diante das “provas”, é obrigado a admitir que havia trocado as notas. Encenado ou não (confira o vídeo no Facebook, clicando aqui), o pior desse vídeo é saber que essa é uma realidade corrente em Buenos Aires. Por isso, siga esses passos para reduzir seu stress  com os famigerados tacheros:

— Sempre preste BASTANTE ATENÇÃO quando estiver pagando um taxista. Conte as notas lentamente e em voz alta na frente dele, peça para ele conferir também. Assim, você evita passar por um dos golpes: você dá uma nota de 100 e ele diz que você deu uma de 10.

— Sempre tenha MUITAS notas de 10 e 20 pesos (compre sempre um sorvete ou água com notas maiores para sempre ter trocado na carteira). Nunca pague com notas de 50 ou 100, pois só essas são passíveis de falsificação. O que acontece é que você lhes dá uma cédula de 50, eles a escondem, tiram uma nota falsa, e — como num truque de mágica — dizem que você acabou de lhes passar uma nota falsa. Assim, sem o menor pudor, já fazendo barraco. E aí, pra evitar a discussão, você acaba por dar outra nota de 50 e eles terminam seu show com um enorme lucro.

— As ruas em Buenos Aires são enormes, por isso nunca fale apenas o nome da rua e o número, sempre diga junto com o nome da rua a que você vai o nome de uma rua transversal ou entre quais ruas está o local a que você deseja ir. Exatamente como a gente coloca na ficha técnica dos estabelecimentos no Guia Simonde. ;- )

NUNCA pegue os táxis que ficam parados em frente aos restaurantes mais turísticos ou aqueles que ficam oferecendo transporte nos aeroportos; eles sabem que você é turista e, provavelmente, estão com os taxímetros adulterados ou vão rodar bastante com você para chegar no destino (o pior é quando você sabe o caminho e eles começam a inventar desculpas, dizendo que a rua está fechada, que há uma maratona!!! Não aceite, seja firme). No hotel ou no restaurante, peça para lhe chamarem um rádio táxi (eles o farão de bom grado já que ganham uma comissãozinha), que custa a mesma coisa que um táxi comum. E ligue o Waze ou o Google Maps e acompanhe o trajeto.

— No Aeroporto de Ezeiza, procure pelo guichê do Taxi Ezeiza, que cobra preços fechados e ainda dá desconto na volta (clique aqui para ver os preços; no câmbio oficial, dá uns R$ 250 ida e volta) e fique mais tranquilo. E negocie o pagamento em reais mesmo, sem precisar perder no câmbio.

Pra terminar, alguns telefones de empresas de rádio táxi em Buenos Aires para ter no celular:
— Radio Taxi Premium: 54 11 \ 5238-0000
— Radio Taxi Premier: 54 11 \ 4858-0888

Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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