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Armani Hotel Milano: Experiência milanesa autêntica

Armani Hotel Milano Via Manzoni

Giorgio Armani nasceu em Piacenza, cidade a uma hora ao sul de Milão, mas foi na capital da Lombardia que começou sua carreira como vitrinista da loja de departamentos Rinascente (ao lado da Duomo) e se transformou no mais bem sucedido — e rico — estilista não só da Itália mas do mundo (em segundo lugar, vem Ralph Lauren). E se a colaboração entre nomes da moda e a hotelaria não é nova (de quartos assinados por marcas e estilistas — como as suítes Dior e Tiffany no St. Regis, em Nova York, à suíte Diane von Furstenberg no Claridge’s, em Londres — aos hotéis Bulgari, Versace, Moschino e Ferragamo, com a rede de hotéis da família, a Lungarno Collection), hospedar-se no Armani Hotel, em Milão, uma das capitais mundiais da moda e do design  (Giorgio Armani além de criar roupas e acessóris também possui sua linha Casa, com móveis, tecidos, cristais, porcelanas, luminárias), e onde o estilista construiu sua história, não poderia ser maior reflexo da alma milanesa; estética, empreendora, de olho no futuro.

Não há localização melhor na cidade. Você está na Manzoni na ponta norte da Via Montenapoleone, entre o Quadrilatero d’Oro e Brera (um dos bairros mais charmosos da cidade), com a estação de metrô da linha amarela praticamente na porta do hotel (que você vai pegar para ir à Fondazione Prada e à Terme di Milano), e vai fazer muita coisa a pé: frequentar as pasticcerie  Cova e Marchesi, ir ao Poldi Pezzoli, ao Teatro alla Scala, à Grom, comer no Bice, no Bagutta, no Boeucc, e andar 700 metros para chegar à Duomo cruzando a Galleria Vittorio Emanuelle. E ainda tem uma ótima livraria (também Armani) no térreo, no mesmo prédio.

Mas esqueça o barroco da igrejas e as muitas e vivas cores dos mármores italianos e das pinturas renascentistas. Ocupando um edifício racionalista (estilo funcional que veio contrapor a todos os ornamentos, curvas e flores da Art Nouveau depois da Primeira Guerra Mundial), originalmente desenhado por Enrico Griffini em 1937, e seguindo a visão e os valores do mais discreto dos estilistas italianos, com super influência japonesa (Tadao Ando é seu arquiteto preferido e colaborador em vários projetos), o Armani Hotel Milano segue linhas retas, limpas e possui uma cartela de cores naturais com tons de cinza (MUITO cinza) e areia. Aqui, sobressaem os materiais; os mármores, as madeiras, os tecidos.

Ao chegar, você pega o elevador para o sétimo andar, onde ficam o lobby, o bar e o restaurante, que têm a melhor vista de Milão (Armani esperou quase três anos para conseguir a autorização para a construção dos três andares acima do prédio que lhe daria a vista para o skyline da cidade). Os 95 quartos ficam todos entre o segundo e o sexto andares e têm vista para a igreja San Francesco di Paola, logo em frente.

Os quartos são espaçosos (o quarto mais simples tem 45 metros quadrados) e decorados com móveis da Armani Casa, são equipados com máquinas Nespresso, tudo o que está no frigobar está incluso na diária e são super tecnológicos (o wi-fi  também é gratuito); você vai fazer tudo pelo iPad que fica sempre carregando no criado mudo ao lado da cama: ligar a TV e escolher o canal que quer assistir (isso é super prático pois você tem a grade toda na tela do tablet ), olhar o cardápio dos restaurantes e room service, acender e apagar todas as luzes e abrir e fechar as cortinas do quarto, do banheiro. Mas é tanto botão, tanto no iPad quanto nos interruptores, que é bem fácil se perder, principalmente à noite, quando você acorda, sonado, para ir ao banheiro. Ter um único interruptor — ou simplesmente ir à janela e abrir a cortina, com as mãos mesmo — seria mais fácil. Quem é muito sensível à luz na hora de dormir também pode ficar incomodado com todas as luzinhas dos interruptores acesas mesmo quando você já desligou tudo.

De resto, aproveite muito o delicioso café da manhã servido no restaurante com seu incrível piso de ônix iluminado, não deixe de jantar no Armani/Ristorante (já com um macaron  Michelin), frequente o bar com seu pé direito de sete metros de altura e enormes janelas com persianas volantes, mas principalmente não deixe de frequentar o spa  e a academia de 1200 metros quadrados, que fica no oitavo e último andar do hotel: com luz natural, saunas individuais, jacuzzi e a vista para Milão, é o spa  de hotel mais incrível da cidade. Ah, sendo hóspede você ainda tem acesso ao Armani Privé, um clube no subsolo do edifício, que tem algumas das noites mais exclusivas da cidade. Aberto até às 3h da manhã.

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SONY DSCO edifício racionalista que abriga não só o Armani Hotel, mas também a Armani Libri (livros), a Armani Dolci (doces), a Armani Fiori (flores), a Emporio Armani (roupas e acessórios), o Armani Privé (boate) e o Nobu (restaurante japonês). Na loja Armani Concept, vende até dezenas de modelos de capinhas para celular e acessórios para telefones. Imagem: Shoichi IwashitaA entrada do hotel no térreo. Para acessar o lobby, é preciso tomar o elevador e ir para o sétimo andar. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoOs quartos são todos decorados com móveis e tecidos da Armani Casa. Imagem: DivulgaçãoArmani Hotel MilanoMais um detalhe dos quartos. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoTodo o quarto pode ser controlado por um iPad e são muitos os botões e funções dos interruptores. Demora um pouco para aprender e a se acostumar. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoMinha cama depois do turndown service. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoTodos os quartos possuem banheiras – com grandes janelas para a rua (mas você pode fechar a cortina) – e ducha e lavabo separados. Tudo de pedra. Na foto, banheiro com vista para a igreja San Francesco di Paola. Imagem: DivulgaçãoArmani Hotel MilanoO Armani/Lounge que fica no sétimo andar, ao lado do Armani/Ristorante. Imagem: DivulgaçãoArmani Hotel MilanoCada coisa no seu lugar: gaveta para as xícaras, gaveta para taças e copos. Tem máquina Nespresso em todos os quartos e você pode consumir tudo do frigobar sem se preocupar com a conta (está tudo incluso na diária). Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoAlém da ótima localização, o Armani Hotel está ao lado da estação de metrô Montenapoleone. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoNesta rua para pedestres, a Via Croce Rossa, fica essa plateia de mármore. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoNo térreo, você encontra a livraria da Armani, a Armani Libri. Imagem: Shoichi IwashitaArmani Hotel MilanoCorredores amplos e só os móveis essenciais. Imagem: Shoichi Iwashita

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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