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Caraíva: Tudo sobre este vilarejo único e quase-indígena, com praias, pousadas e restaurantes rústicos mas cheios de charme (com todos os preços)

Cruzando o rio Caraíva, no Sul da Bahia
Seja para chegar a Caraíva ou para ir do vilarejo para a Praia do Satu, a canoa é meio de transporte essencial. Por isso, carregue sempre apenas o essencial. Imagem: Shoichi Iwashita

Apenas com ruas de areia fofa e 400 habitantes, Caraíva não tem asfalto nem carros, mas tem carroças com jegues machucados que fazem o transporte de carga, inclusive o de malas de turistas sem noção que querem brincar de look do dia em um destino isolado. Não tem bancos ou caixas eletrônicos e só duas pequenas farmácias, por isso leve dinheiro e remédios suficientes para os dias que ficar lá. Tampouco tem iluminação pública nas ruas. A energia elétrica (com fiação subterrânea, sem postes, fios e transformadores visíveis) e o telefone só chegariam aqui em 2007, mas apenas no interior das casas e estabelecimentos comerciais, substituindo assim os barulhentos, fedorentos e poluidores geradores a diesel. Se a operadora do seu celular não for Vivo, não espere por qualquer sinal em grande parte dessa região do sul da Bahia, nem conte com a conexão de internet wi-fi dos hotéis e restaurantes, porque ela raramente funciona… 

Tirando a questão da exploração e crueldade animal — e dos donos de animais também sem noção que deixam seus cachorros sempre soltos, independentemente das pessoas que possam sentir medo ou fobia, que piora quando dois deles se estranham e se atracam na rua –, essas características, que já começam com a travessia do rio Caraíva de canoa para chegar lá, dão o tom da atmosfera idílica e romântica que convida à desconexão das nossas vidas atarefadas e hiperconectadas (esperar trinta minutos para subir um mísero story no Instagram vai te fazer desistir de ficar postando sua viagem). Especialmente quando a noite cai e você precisa da lanterna do celular para conseguir voltar para a pousada caminhando pelas ruas de areia ouvindo as ondas quebrando na praia.

Por tudo isso, Caraíva é um dos destinos de praia mais charmosos do Brasil e do mundo. Mas só na baixa temporada, quando você não vai encontrar aquela multidão que inviabiliza qualquer atividade, como tomar uma cerveja no Boteco do Pará no fim da tarde ou jantar em um de seus poucos restaurantes.  {Confira o guia completo dos melhores restaurantes de Caraíva, clicando aqui.}

O PRIMEIRO VILAREJO DO BRASIL

O rio Caraíva e a rica vegetação que esconde as construções do vilarejo. Imagem: Shoichi Iwashita

Apesar de Porto Seguro levar a fama, esse vilarejo no litoral sul baiano foi o primeiro assentamento não-indígena do Brasil — Pedro Álvares Cabral teria deixado quatro marinheiros aqui antes de prosseguir sua viagem para a Índia. E é interessante pensar que de Porto Seguro realmente não se vê o Monte Pascoal, essa que foi a primeira porção de terra avistada por Cabral em 22 de abril de 1500. Já das estradinhas próximas à Caraíva, se ergue imponente esse monte de 536 metros de altura que está a 30 quilômetros da costa (dizem que a frota de Cabral teria aportado na barra do Caí, ainda mais ao sul da Bahia, pra lá de Corumbau).

Ao longo desses quinhentos anos, Caraíva foi explorada não só por suas aves e animais coloridos e exóticos já desaparecidos, mas, principalmente, pelas madeiras de lei também extintas, como o pau-brasil e o jacarandá, que eram exportadas para a Europa e o Japão até o início do século 20 (onde está o Boteco do Pará hoje funcionava uma serraria, que só encerrou suas atividades quando sua caldeira parou de funcionar). Antes do advento do turismo, que começou na esteira de Trancoso nos anos 1970, o vilarejo permaneceu um tanto isolado — acessível apenas a pé pela praia ou de barco —, vivendo da pesca artesanal.

As ruas de Caraíva são de areia fofa e o único meio de locomoção disponível são suas pernas. Por isso, só leve a bagagem que você consegue carregar nas costas, porque as rodinhas das malas não funcionam aqui. Imagem: Shoichi Iwashita

A RELAÇÃO ENTRE O CARAÍVA E O CARIBE

Em português de Portugal, as ilhas atlânticas da América Central são chamadas de Caraíbas, e não Caribe como as conhecemos. Isso porque o arquipélago foi nomeado em homenagem aos índios hostis, os sempre inimigos e guerreiros Caraíbas, e não aos aliados Aruaques, vai lá entender. Em muitos idiomas indígenas, essa palavra da qual deriva “caraíva” também significa “o invasor, o estrangeiro”, ou seja, que sempre foi a representação destrutiva do branco europeu alienígena para as comunidades originárias da América.

 
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CARAÍVA, CIDADE INDÍGENA, TERRITÓRIO PATAXÓ

De Caraíva a Corumbau, é grande a população de indígenas da etnia Pataxó, e o centro cultural dedicado à sua cultura, é um dos passeios imperdíveis em Caraíva, ainda mais se for noite de lua cheia, quando eles fazem uma cerimônia aberta ao público. Imagem: Shoichi Iwashita

Além das praias, dos passeios pelo rio homônimo — de barco ou de boia — e das pousadas pé-na-areia sem qualquer muro ou cerca entre seu bangalô e o mar, é em Caraíva onde você vai conseguir ter contato com as tradições dos Pataxó, a etnia indígena nômade que se assentou em Barra Velha no século 18, considerada a aldeia-mãe por todos os pataxós, para sobreviver ao extermínio português. E vai se encantar com os traços finos de sua maquiagem corporal — que viram estampas elegantes de tecidos para a moda e decoração –, suas danças ritualísticas em noites de lua cheia e as vestes indígenas mais deslumbrantes que já vi. 

Não há muitos lugares no Brasil onde você não encontra brancos, pretos, pardos ou qualquer mistura de etnias, apenas indígenas morando em casas simples de alvenaria em meio a terrenos amplos, planos e áridos; indo comprar comida nos mercadinhos pilotando motos nas ruas de terra com amigos e familiares na garupa; consertando os buggies com os quais eles transportam os turistas nas oficinas mecânicas. E, para mim, isso torna a viagem à Caraíva ainda mais interessante. 

Porque essa é a paisagem quando você chega ao Xandó, bairro a apenas 500 metros ao sul da chegada das canoas, de onde partem muitos dos passeios com os buggies. Essa parte de Caraíva pertence à Terra Indígena Barra Velha do Monte Pascoal, uma das seis terras pataxós no sul da Bahia (as outras estão em Prado, Santa Cruz de Cabrália e Belmonte), onde estão mais de trinta aldeias. Já a pontinha do vilarejo, no encontro do rio com o mar, onde estão os restaurantes e as pousadas que a gente frequenta, foi excluída da demarcação por conta da presença secular dos brancos. 

A terra demarcada em 1991 — depois de muitas lutas, apesar de os pataxós estarem aqui há centenas de anos, e “oficialmente” desde 1861, quando formaram aldeia-mãe de Barra Velha — ocupa uma área de 90 quilômetros quadrados, chegando quase a Corumbau. E faz parte ainda — quase um terço do território — do Parque Nacional e Histórico do Monte Pascoal, criado em 1961 para proteger a rica biodiversidade da mata atlântica local e a área onde está o monte que fez com que os portugueses avistassem as terras desconhecidas que viriam a ser o Brasil. 

COMO CHEGAR À CARAÍVA: AVIÃO, CARRO, BALSA E CANOA

A última etapa antes da sua chegada à Caraíva é pegar a canoa, que você acessa do estacionamento antes do rio por esse caminho. As canoas fazem o trajeto 24 horas por dias. Imagem: Shoichi Iwashita

Caraíva, assim como Corumbau, é desses destinos cujo deslocamento apenas já nos faz sentir um quê de aventureiros em viagem para um local isolado e especial (ainda mais para nós, filhos das grandes cidades). 

O aeroporto mais próximo é o de Porto Seguro [BPS], na costa sul da Bahia. E, aqui, a melhor coisa é já alugar um carro 4 x 4 por conta das estradas de terra. Isso porque o carro te dá a liberdade de ir e vir, sem precisar depender de táxis e motoristas em uma região onde, muitas vezes, as localizações são difíceis de serem definidas e a comunicação é impossibilitada por conta da falta ou inconstância do sinal de celular.  A propósito, caso você queira algum tipo de comunicação por aqui, compre um chip pré-pago da Vivo, a única operadora que funciona bem de Trancoso para baixo.

Já se você decidir passar vários dias apenas em Caraíva, é claro que o carro não será necessário e compensa mais fechar os traslados de chegada e partida, que vai custar R$ 600 cada trecho, entre Porto Seguro e Caraíva, e demorar três horas. Eu gosto de alugar carro porque tem muitas coisas lindas para visitar, revisitar e frequentar nesta região da costa; nunca passei mais de duas noites no vilarejo e aproveito sempre para fazer um combo com outros destinos. 

A estrada para Caraíva é a mesma que leva para Arraial d’Ajuda, Trancoso, Praia do Espelho e Praia do Satu. O aeroporto de Porto Seguro está bem próximo da balsa (nem dez minutos de carro, passando pelo centrinho da cidade) que cruza o rio Buranhém e te leva para Arraial d’Ajuda já do outro lado do rio. Nos feriados concorridos e na alta temporada, no entanto, quando a fila da balsa está muito grande, vale ir por terra, pegando a avenida ao lado da pista do aeroporto que vira a BR-367 em direção à Eunápolis, entrar à esquerda no quilômetro 45 e pegar a BA-001 em direção a Trancoso. Esse trajeto tem 40 quilômetros a mais — de Porto Seguro ao estacionamento de Nova Caraíva são 65 quilômetros com a balsa e 105 por terra —, mas, nesses casos, vai ser mais rápido apesar da distância maior, e menos cansativo.  

Quando chegar ao trevo onde está a entrada para Trancoso, depois de aproximadamente 1h30 de viagem, é só seguir reto na estrada que, a partir de agora, passa a ser de terra e mudará para BA-283. Calcule mais uma hora na estrada de terra — por isso, sempre viaje durante o dia, ainda mais depois de dias chuvosos —, passando pelas entradas para a Praia do Espelho e a Praia do Satu, para chegar à Nova Caraíva.

Em Nova Caraíva, você vai deixar o carro em um dos estacionamentos próximos do rio (as diárias dos estacionamentos variam, e, quanto mais perto do rio, mais caras), pegar sua mochila e cruzar o rio de canoa para, enfim, chegar à Caraíva. A travessia, que funciona 24 horas por dia e dura cinco minutos, custa R$ 7,50 por pessoa, você paga direto para o canoeiro e é só importante se lembrar de não usar tênis, sapatos, calças compridas ou saias longas. Como o embarque e o desembarque da canoa podem ser “molhados”, ou seja, tendo de pisar na água, esteja de shorts e chinelo, o seu uniforme durante a estadia no vilarejo.    

Tampouco leve malas ou mesmo mochilas e sacolas que você não consiga carregar nas costas sem se cansar. O percurso entre o desembarque da canoa e a pousada é feito a pé, caminhando sobre aquela areia fofa que exige bastante das pernas. Malas com rodinhas — e mesmo bicicletas — não “rolam” sobre a areia fofa, ou seja, não servem para nada aqui. 

O QUE FAZER EM CARAÍVA

Na praia da Barra, entre o rio o mar, escolha sempre o lado do rio. A vista é mais bonita, a água doce e mais tranquila, e ainda permite a contemplação do pôr do sol, que acontece por trás da vegetação. Imagem: Shoichi Iwashita

Pequena do jeito que é, todas as atividades dos seus dias em Caraíva podem ficar concentradas em uma área menor que 500 x 500 metros, o que dá do vilarejo quase aquela atmosfera de cruzeiro, onde você encontra as mesmas pessoas várias vezes ao longo da estadia. Das pousadas de frente para o mar à praia da Barra, passando pelos bares e restaurantes e forrós ao longo da margem do rio, a viagem à Caraíva convida à conexão consigo mesmo, com as águas e a mata, e com a sabedoria indígena. 

UMA ÚNICA PRAIA, ENTRE O RIO E O MAR

Em Caraíva mesmo só tem uma opção agradável de praia: a compacta praia da Barra, a pontinha da porção de terra onde o rio encontra o mar, que é a faixa de areia mais frequentada do vilarejo. Com dezenas de barraquinhas uma-ao-lado-da-outra administradas principalmente pela comunidade indígena local, você vai se proteger do sol em tendinhas de tecido e se acomodar em cadeiras baixas de madeira, ou voltadas para as águas doces e tranquilas do rio — a partir de onde você poderá contemplar o pôr do sol — ou para o mar. Independentemente de onde se sentar, prefira sempre estar mais perto do rio, já que as águas do mar de Caraíva são turbulentas e a larga faixa de areia deixa a praia menos aconchegante. Outra opção, no entanto, é aproveitar a estrutura de praia —geralmente com piscina — da sua pousada à beira-mar.  

O PÔR DO SOL EM CARAÍVA É SEMPRE NO RIO

Já para chegar à Prainha, uma praia de rio que está no Xandó que é, junto com a praia da Barra, um dos lugares para apreciar o pôr do sol, você vai precisar ou de uma lancha, canoa (40 minutos para chegar lá), caiaque (uma hora, mas pense no cansaço da volta e no escuro) ou de buggy, saindo do Xandó. Lá tem um barzinho e uma barraca com comidinhas. Aí, o ideal é chegar no fim da tarde, por volta das 16h, 16h30 para apreciar a vista e a água do rio.

ATIVIDADES FÍSICAS

O que eu amo em Caraíva é que, apesar da rusticidade do vilarejo, dá para aproveitar seus dias para não só praticar caiaque ou stand-up paddle nas águas, como também é possível fazer aulas diárias de yoga (mesmo aos domingos e em mais de um horário por dia) na estrutura de madeira no meio do jardim entre o rio e o mar da Pousada da Barra ou ainda fazer aulas de crossfit no box, todo aberto com muita ventilação natural, que está integrado à pousada Cores do Mar. 

COMUNIDADE E CENTRO CULTURAL PATAXÓ PORTO DO BOI

Visitar o Porto do Boi, principalmente se você estiver por aqui em uma noite de lua cheia, é a experiência — e quase transcendental — de Caraíva. Eu sempre tenho certa desconfiança das atrações com indígenas voltadas para turistas, mas o centro de cultura pataxó Porto do Boi consegue entregar de uma maneira linda e autêntica as tradições desta etnia tão presente na costa sul da Bahia, principalmente, aqui em Caraíva e em Corumbau, as praias que ficam mais próximas de Barra Velha, a aldeia-mãe dos pataxó. 

Para chegar lá, você vai precisar contratar um bugueiro indígena (R$ 160, para uma ou duas pessoas) que vai sair ou da ladeirinha próxima à chegada das canoas, de frente da igrejinha de São Sebastião ou do Xandó, uma viagem de quinze minutos — quando você não vai saber para onde está indo, já que não há qualquer placa indicativa para o Porto do Boi. São dois horários todos os dias, às 9h e às 14h, e basta aparecer mediante o pagamento do ingresso na entrada (R$ 100). Já para saber os dias em que acontecem os rituais da lua cheia, que começam geralmente às 18h30, é preciso verificar os comunicados que eles fazem — geralmente no próprio dia — em seu perfil no Instagram, o @portodoboi. E sempre combine a volta com o bugueiro que te levou. 

Ao chegar, a primeira experiência é receber um banho de ervas (por isso, vá com roupa e de banho e não se preocupe porque mesmo à noite a água é morninha), que é seguido de conversas, apresentações com cânticos e danças, sessão de pintura corporal, além de uma refeição típica pataxó. No prato de cerâmica são servidos um peixe assado na folha de patioba (uma palmeira que libera seus óleos essenciais sobre o peixe durante o cozimento), banana da terra assada e farinha de mandioca. Nos rituais de lua cheia, você ainda pode ter o rapé soprado em suas narinas. Pó feito de folhas de tabaco, ervas e cinzas de árvores da região, o rapé é oferecido pelos indígenas em diferentes níveis de “potência”, que vai do medicinal ao ritualístico, ou seja, podendo causar alucinação.

PONTA DE CORUMBAU

Famosa por sua bela ponta, uma faixa de areia que durante a maré baixa faz com que você consiga caminhar mar adentro, o vilarejo de Corumbau — ainda menor que Caraíva — tem um hotel incrível que vale a estadia, o Vila Naiá, cuja crítica você confere em breve aqui na Simonde. Mas, a apenas 40 minutos de Caraíva, dá tranquilamente para ir passar o dia. Acessível apenas de barco ou de buggy (R$ 220, para duas pessoas), uma viagem com gosto de aventura em grande parte feita pelas areias da praia, assim como acontece com Caraíva, você vai descer em um estacionamento e pegar uma canoa para atravessar o rio (se não fossem o celular e a máquina fotográfica, daria tranquilamente para cruzar o riozinho nadando de tão próximo). Aí, basta caminhar 500 metros para chegar à faixa de areia onde está a concentração de barracas próxima à ponta. Lá, a dica é o restaurante e barraca Canal do Pampo, que existe há mais de 20 anos e tem como especialidade o arroz de polvo, servido com arroz e farofa (R$ 200, para duas pessoas, já com o serviço de 10%).

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Shoichi Iwashita

Compulsivo por informação e colecionador de moleskines com anotações de viagens e restaurantes, Shoichi Iwashita se dedica a compartilhar seu repertório através das matérias que escreve para a Simonde e revistas como Robb Report Brasil, TOP Destinos, The Traveller, Luxury Travel e Unquiet.

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